quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Brunch na Casa Branca!


Ou quase, né? 
Essa semana eu vim passar 2 dias na capital dos EUA, Washington D.C.
A cidade é uma graça e segundo a população local, foi construída seguindo Paris como exemplo. Então se eu fosse a Paris o que eu ia procurar pra comer? Pães, bolos, doces, macaroons e todo tipo de gordices que os franceses sabem fazer como ninguém. E não é que tem uma galerinha por aqui que conseguiu imitar direitinho?!

Pra comer uns sanduíches / paninnis fresquinhos (aliás, feitos na hora), umas saladas lindas, bolos de casamento, macaroons e croissants, 1645 Wisconsin Ave NW, Washington, DC 20007).
recomendo muito a Patisserie Poupon (
O lugar já é uma graça, parece uma casinha de boneca e quando vc abre a porta já é uma explosão de cores com todas aquelas tortas de frutas frescas.
             
        Fotos tiradas do Google Images










Uma das coisas que eu curti bastante lá é que os doces e tortas são vendidos em mini porçōes. Então dá pra experimentar vários sabores diferentes.

Pra tomar um brunch propriamente dito eu gostei mais do Leopold's Kafe (3315 M St NW, Washington, DC 20007).
Eu experimentei o shinitzel (um bife de vitelo batido até ficar bem fininho e depois feito à milanesa). Veio tão crocante que nem parecia que tinha sido frito.
                                                   crédito da foto: meu instagram pessoal.
A gente pediu também o salsichão com batatas coradas e salada de repolho e mostarda dijon… delícia e uma textura fantástica!
                                                   crédito da foto: meu instagram pessoal.

Pra fechar com chave de ouro: mousse de maracujá coberta com merengue de manga. Sem comentários de tão bom. Vale lembrar que num inverno rigoroso como o nosso no hemisfério Norte, o preço das frutas frescas vai nas alturas. Então encontrar saladas e sobremesas dessa qualidade e bonitas assim nessa época do ano é um achado.

                                             crédito da foto: meu instagram pessoal.
Mais dicas de D.C. num próximo post ;)

domingo, 24 de novembro de 2013

Steakhouse - mito: Por dentro do Peter Luger.

 Eu sou uma carnívora assumida. E depois de quase 6 anos morando em Nova Iorque, essa semana fui pela primeira vez ao Peter Luger (178 Broadway, Brooklyn, New York 11211   (718) 387-7400).
 Essa steakhouse é mítica: eles abriram as portas em 1887, além do restaurante eles também vendem um molho para carnes com o mesmo nome e são famosos pela textura da carne.

 Segundo os próprios garçons, os cortes de carne são sempre os mesmos: um t-bone ou porterhouse que você pede de acordo com quantas pessoas quer servir. Pra quem não sabe, t-bone é um corte de carne que tem de um lado o filé mignon e do outro o contra-filé, separado por um osso em forma de "T". No Brasil conhecemos também como bisteca ou chuleta. Até aí, simples. O difierencial da carne deles fica evidente mesmo com a textura que eles conseguem alcançar após deixaram a carne "envelhecer" por 21 dias. E realmente, eu nunca comi uma carne tão macia. Parece que não precisa de faca! Mas o sabor... Bom vamos por partes.
Primeira coisa a ser levada em conta: o restaurante fica no Brooklyn. Fica na parte sul do Brooklyn, bem pertinho d'água e em frente à Ponte de Williamsburg. Você pode alugar uma bike e ir e tirar fotos fantásticas no caminho. Se for inverno pegue o metrô J que vai por cima da ponte também.
 Assim que você entrar você vai se sentir transportado para o passado. Os garçons são todos mais velhos do que os garçons com os quais estamos acostumados em Manhattan. Eu não vi nenhuma mulher trabalhando lá. E o uniforme também é bem tradicional: preto e branco com um avental longo. Os asiáticos estão sempre em maior número entre os clientes (assim como em todos os pontos turísticos do mundo). As paredes são escuras e os chandeliers de vidro dão aquele toque de riqueza-brega.
Não importa que dia e que horas você vai querer comer lá, você vai esperar por uma mesa. Então o jeito é tomar uma cerveja no bar. O bartender é super rápido e eficiente, mas não espere um sorriso. As cervejas são as mais simples possível, como Budweiser, por exemplo e são servidas geladíssimas em canecas. Depois de umas duas cervejas eles vão anunciar a sua mesa.
 As mesas são enormes se compradas com as mesas normais de restaurantes nova iorquinos. Não existem mesas para 2 aqui, a menor é para 4. O garçom perguntará se é a sua primeira vez lá e se você disse que sim ele vai ter contar um pouco da história da casa.
 Aí vem o menu e a hora de pedir. Meu conselho: mesmo que você esteja numa mesa de 4 pessoas, não peça a carne para 4. As porçōes são grandes. Olha o tamanho da minha porção para 2:



 A carne já vem fatiada e essas fotos foram tiradas enquanto ele servia. Mas dá pra ter uma boa idéia… O prato onde a carne está é tão quente que você pode cozinhar sua carne nele mesmo se achar que ela veio muito crua.
 Outra coisa a considerar: a carne não vem com nenhum acompanhamento. O creme de espinafre é fundamental. Esse é provavelmente o melhor prato deles. mas também tem batata-frita, batata assada e vegetais.
 Depois de tudo isso… tem soremesa. E que sobremesa! Eu escolhi a torta de limão com chantilly. E olha isso:  


 O chantilly é batido na hora, textura perfeita! E olha o tamanho da fatia… bom demais!
 Aí vem aquela hora chata: pagar a conta. E pra minha surpresa: num restaurante onde um jantar para 2 facilmente chega a US$ 250, eles não aceitam cartão de crédito. Pagamentos em dinheiro apenas! Fiquei chocada. Venham preparados.
 Então em resumo fica: vá ao Peter Luger, vale o passeio e a experiência. Mas em termos de sabor, eu ainda prefiro a Picanha do Plataforma no Leblon ;)


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

E o inverno chegou!

 Demorou, mas o inverno do Hemisfério Norte emplacou. Já nevou em Nova Iorque, Londres, Montreal… e pros brasileiros que estão com passagens marcadas para o fim de ano por essas bandas, a promessa é de um Natal frio e branquinho. Pra nós exilados, essa é a hora de marcar passagens pra visitar os familiares no calor do Brasil, ou dar curtas escapadas pro México e Caribe.

 Eu detesto o frio mas tenho que confessar: eu amo comidas de inverno! Sopas, caldos, massas com bastante molho, tudo com creme, manteiga, ovos… e o post de hoje é sobre um dos meus favoritos: Trufas. Negras ou brancas elas são capazes de mudar a cara de qualquer prato.
 Aqui em Nova Iorque a gente brinca dizendo que não é por acaso que a temporada de bônus salariais coincide com a temporada de trufas. Elas são caras, importadas de lugares exóticos, difíceis de achar e exigem vinhos encorpados pra harmonizar. Ou seja: não basta estar disposto a desembolsar uma certa quantia mas tem que ter o paladar apurado também.
 Em Nova Iorque eu tenho um roteirinho de trufas. Lugares pra ter só aquele "perfume" na sua batata frita ou jantares inteiros com trufas em todos os pratos. Aqui vai:

 Só o perfume: vale muito a pena visitar o winebar (bar especializado em vinhos) Bar Veloce. Eles têm vários endereços pela cidade mas o 1o a ser aberto foi no East Village, na 2a avenida entre as ruas 10 e 11. Com trufas você pode pedir o Egg in a blanquet (um brioche do qual se tira o miolo e estufa-se com presunto cru, gema de ovo e queijo). Esse pedacinho de céu vem regado a azeite trufado. O cheiro é hipnotizante! Depois você pode emendar num Panino Bianco (é um sanduíche prensado com 4 queijos e mais óleo trufado). Pra bebericar? Minha sugestão fica com um tinto encorpado e mineral do norte da Itália, o Teroldego rudi vindimian '10 (alto adige). Na descrição do próprio diretor de vinhos da casa: "encorpado, seco, de um violeta escuro, com um sabor rico de mirtílios frescos, pinho, alcatrão, levemente apimentado e um fundo mineral/ terroso".
                                                                 Photo credits to Bar Veloce`s twitter

 Nível médio: Pra você que já descobriu os prazeres das trufas mas ainda não tá a fim de ficar sentado por 2h ou mais num jantar formal, aqui vai o meu meio-termo. Se você gosta de uma boa tábua de queijos e frios você tem uma parada obrigatória no Upper East Side de Manhattan (o lado leste-norte da ilha) num bar / restaurante chamado Uva (2a avenida entre as ruas 77 e 78). Pra abrir os trabalhos tem Bruschetta de queijo de cabra com mel trufado. Dispensa comentários, já que brasileiros adoram um doce-junto-com-salgado. Depois você pode criar a sua própria tábua de queijos e frios. É só escolher 3 de cada e já vem com compotas, mais mel trufado e azeitonas de todas as cores e tamanhos. Mas você precisa de um pãozinho, né? O nome do danado é Chisolino (uma focaccia assada na hora que você pede, com queijo robiola ralado e… trufas negras raladas!!!). Eu podia ficar ali por horas… Pra bebericar: Prosecco Zardetto NV | Veneto (seco, com um perlage incrível e notas bem minerais). Se você ainda quiser comer algo depois disso, eles tem massas, pratos principais e sobremesas.

 Ok, ok, você veio pra Nova Iorque com a sua namorada e tá querendo levá-la pra um restaurantezinho bem sex & the city. Esse fica na Madison Avenue, 2 quarteirōes do Central Park, pertinho do Plaza e da loja da Apple, a poucos passos de lojas como Hèrmes, Chanel e Christian Louboutin e o Mr.Big (ou o ator que o representa) bate ponto lá. Se chama Bar Italia (768 Madison Avenue, na esquina com a rua 66). Se você for lá pode dizer pra gerente Nadine que você me conhece e ela vai te tratar como se você fosse da realeza!
 O que pedir: tem um carpaccio de carne com parmesão grana padano e óleo trufado que é ótimo, mas o que você PRECISA provar lá é a salada de alcachofra ralada com abacate e lascas de grana padano (foto abaixo). Gente, eu não sou fã de saladas mas essa é incrível! Depois, pode escolher entra a pizza branca trufada (massa feita no próprio restaurante e não leva molho de tomate) ou o tagliolini al tartufo. O tagliolini seria a minha opção. Até quando eu fui hospitalizada ano passado eu pedia pra Nadine levar pra mim no hospital.

                                           creditos da foto: baritaliamadison.com

 Modo avançado:  No modo avançado eu te digo onde ir e você cria o seu próprio cardápio, que tal? O nome é The Mark Restaurant by Jean-Georges (no lobby do hotel The Mark, na Madison Avenue esquina com a rua 77). O chef Jean-Georges Vongerichten em si já merece um post separado, dedicado a apresentá-lo. Mas nesse restaurante ele oferece um cardápio bem americanizado com hambúrgueres, pizzas, steaks… mas você pode colocar trufas raladas no prato que quiser (por um valor adicional).  Quando eu fui lá eu pedi: Spaghetti ao molho de limão meyer e manteiga pra começar e depois a costela de cordeiro (o chef é famoso pelo cordeiro…) tudo com trufas brancas em cima. É de comer rezando! Pra beber? Você já veio até aqui, pediu um menu de trufas… vai economizar no vinho? Se dê de presente esse mimo: Louis Jadot Vosne-Romanee Premier Cru Les Beaux Monts (não lembro o ano, mas vai estar na carta de vinhos).

                                                crédito da foto: meu instagram pessoal ;)

 













terça-feira, 12 de novembro de 2013

Abrindo os trabalhos

 Ufa! Consegui um nome pra esse blog! Tava difícil, viu? Obrigada a todos os queridos que deram palpites e um obrigada especial pro Dani que me aturou por uns três dias falando disso sem parar.
 E quem sou eu, você deve estar se perguntando. Eu sou uma carioca, de 20-e-quase todos os anos, ex-moradora de Nova Iorque, Flamenguista e apaixonada por comidas e bebidas. Eu amo viajar, gosto de artes, tenho amigos de todas as partes do mundo, tenho medo de trovão, não gosto de frio e o gosto pela aventura está no meu sangue.
O intuito é passar pra galera brazuca um pouco da minha percepção do mundo da gastronomia. Através das minhas viagens, da minha vida em NY (que em si só já é um mundo) e do meu trabalho (tanto em terra quanto à bordo) vocês poderão ter acesso a receitas, fotos, dicas de onde ir e o que pedir, onde comprar e tudo mais relacionado a comidas e bebidas ao redor do mundo. Afinal, trabalhar 50 horas por semana num restaurante não é suficiente, eu tenho que escrever a respeito também.
 O espaço está ainda aberto para dúvidas, críticas e sugestōes.

 Apreciem sem moderação!